Confira a trajetória das referências no e-commerce e se inspire para o seu negócio
O e-commerce é um modelo relativamente novo no Brasil e no mundo, tem aproximadamente 25 anos. Mas já é um mercado bastante competitivo. Especialistas estimam que existam entre 2 e 3 milhões de empresas de comércio eletrônico no mundo.
Se você está pensando em começar o seu negócio na internet, as primeiras dicas são que você estude muito sobre o assunto e se inspire nos grandes sites de e-commerce. Também vale a pena conferir nosso artigo com dicas para escolher a plataforma de e-commerce ideal para o seu negócio.
Quer conhecer alguns dos grandes sites de e-commerce? Então continue a leitura!
Aqui você vai encontrar:
- Informações sobre e-commerce no mundo
- Dados sobre o e-commerce no Brasil
- Exemplos de trajetórias para se inspirar: Amazon, Alibaba, B2W e Magazine Luiza
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Maiores empresas de e-commerce do mundo
De acordo com um estudo da eMarkerter, o comércio eletrônico vai ter um crescimento de dois dígitos até 2020, e as vendas devem superar os US$ 4 trilhões.
Entre os grandes responsáveis por esse avanço, dois e-commerces se destacam como os maiores do mundo: Amazon e Alibaba.
Amazon
A Amazon é uma empresa americana, pioneira do e-commerce. Ela foi fundada em 5 de julho de 1994, em Seattle, EUA, por Jeff Bezos.
Bezos era vice-presidente de uma companhia do setor financeiro em Wall Street. Mas percebeu o potencial da internet, que crescia 2.300%, e decidiu pedir demissão para começar o próprio negócio.
O negócio teve início na garagem da família, quando, junto da esposa Mackenzie, Bezos começou a vender livros. Os pedidos eram feitos online, o que já era uma novidade na época, e a entrega era feita pessoalmente por Bezos.
Mas parcerias com atacadistas e distribuidoras garantiram variedade e entrega rápida, e, um ano depois, foi lançado o primeiro site com catálogo de livros. No primeiro mês de funcionamento, a livraria virtual recebeu pedidos dos 50 estados americanos, além de cidades de outros 45 países.
A bolha da internet
Hoje em dia, a Amazon vende de tudo e entrega para o mundo todo. Mas durante sua expansão, Bezos teve que enfrentar ao menos uma grande crise.
Em 2000, houve o estouro da bolha da internet: os investimentos em empresas online eram tão altos, que quebraram a bolsa de Nova York e derrubaram as ações de um dia para o outro. Muitos funcionários precisaram ser demitidos, mas a Amazon resistiu à crise.
Depois da crise, novos serviços e novas tecnologias no e-commerce
Em 2005, Bezos anunciou o sistema de assinatura Amazon Prime. Inicialmente, oferecia apenas entregas mais rápidas e ofertas exclusivas. Mas hoje, dá acesso a diversos serviços como o Prime Vídeo, a Entrega Prime e o Prime Reading.
Em 2007, foi lançado o Kindle, o e-reader mais famoso do mercado. O estoque de lançamento só durou 5 meses.
Para os brasileiros, sempre foi possível comprar pelo site americano e pagar os impostos de importação. Mas, em dezembro de 2012, entrou no ar o amazon.com.br.
A Amazon hoje
O e-commerce tem novos projetos bastante ambiciosos e em fase de testes, como o Prime Air (para entrega de encomendas com drones), e a Amazon Go (mercearia sem atendentes humanos).
Jeff Bezos tem uma fortuna estimada em US$ 132 bilhões, segundo a Bloomberg, superando Bill Gates como o homem mais rico do mundo (até a data desta postagem). Em fevereiro deste ano, anunciou a doação de US$ 10 bilhões para o combate às mudanças climáticas. O dinheiro vai ser destinado a ONGs, cientistas e ativistas.
Alibaba
O Grupo Alibaba foi fundado pelo chinês Jack Ma, em 1999, no quarto de seu apartamento na cidade de Hangzhou.
Mas antes de entrar para o mundo dos negócios, Jack Ma foi rejeitado em mais de 20 entrevistas de emprego. Começou então a trabalhar como professor de inglês em uma universidade da China. E, trabalhando como tradutor, viajou para os Estados Unidos. Foi quando conheceu a internet.
Em 1995, voltou para a China e criou um serviço que era uma espécie de catálogo online, com nomes de empresas e serviços prestados por elas. Quatro anos depois, fundou o Alibaba. A ideia era um negócio business-to-business (B2B), para conectar fabricantes chineses a compradores estrangeiros.
Com um ano de criação, mais de 1 milhão de pessoas já haviam se registrado no site.
Atualmente, o Grupo Alibaba detém as empresas de e-commerce mais lucrativas do mundo. Entre os principais sites do grupo estão: o Alibaba.com (plataforma business-to-business por atacado internacional), AliExpress (que atua como atacado e varejo para pessoas físicas e empresas estrangeiras – os brasileiros estão entre os 4 maiores consumidores) e o Taobao (focado em atacado e varejo para pessoas físicas e empresas chinesas).
Serviços e tecnologias do e-commerce
Segundo Jack Ma, a missão do Alibaba é facilitar a realização de negócios em qualquer lugar. Por isso o grupo oferece infraestrutura para o comércio online, pagamentos online e tecnologia de dados.
O AliPay (um serviço de pagamento online semelhante ao PayPal), foi criado em 2004. A ideia surgiu porque a maioria dos clientes do site ainda não tinham cartão de crédito.
Também em 2004, foi fundada a Universidade Taobao, focada em ajudar as pessoas a abrirem seu próprio negócio.
E em 2018, o Alibaba assinou parceria com o grupo francês Bolloré, para serviços de computação em nuvem, energia limpa, logística e outras áreas, como novas tecnologias.
O Alibaba hoje
Atualmente, o grupo possui mais de 20 mil funcionários e está à frente de 63% das vendas em território chinês. O número de consumidores ativos do Alibaba é de cerca de 231 milhões (número maior do que a população brasileira, que é de 209 milhões de pessoas).
Recentemente, Jack Ma se aposentou. Deixou o cargo de presidente executivo da empresa, aos 55 anos, com uma fortuna estimada em US$ 41,8 bilhões. De acordo com a Bloomberg, é o segundo homem mais rico da Ásia, atrás apenas do indiano Mukesh Ambani.
Maiores empresas de e-commerce do Brasil
Em 2019, de acordo com dados do e-Bit/Nielsen, o comércio eletrônico no Brasil cresceu 16,3% em comparação a 2018. E teve um faturamento de R$ 61,9 bilhões.
Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, o setor deve continuar a crescer no país, principalmente devido ao consumo de bens digitais como ebooks, músicas e filmes on demand.
Esse crescimento contínuo do e-commerce brasileiro se deve à maior utilização da internet, ao aumento do hábito dos usuários da internet de comprar online, ao crescimento de banda larga e à pouca variedade de produtos em lojas físicas tradicionais.
Entre os maiores e-commerces do Brasil, dois se destacam: um por ter sido pioneiro no país e outro por unir grandes lojas virtuais. São a Magazine Luiza e a B2W Digital.
B2W Digital
A B2W Companhia Digital foi fundada em 2006, com a fusão das empresas de comércio eletrônico Lojas Americanas e Submarino.
A ideia da fusão era, principalmente, economia de recursos e otimização da logística. E o propósito da companhia é conectar pessoas, negócios, produtos e serviços, em uma mesma plataforma digital.
Começou as operações com um capital de R$ 6,5 bilhões, sendo assim a terceira maior empresa do setor no mundo e a maior da América Latina.
o e-commerce da B2W hoje
Atualmente, a companhia possui ainda as empresas Shoptime e Sou Barato. E com esse grupo, abrange diferentes perfis de consumidores.
O grupo conta com mais de 8 mil colaboradores, e foi avaliado em US$ 17,3 bilhões.
E continua investindo em tecnologia. A B2W está testando o uso de drones para transportar suas mercadorias de seus centros de distribuição para as mais de 1.500 lojas. A varejista seria a primeira varejista brasileira a utilizar drones em sua logística. Porém, essa tecnologia ainda depende de regulamentação no Brasil.
Magazine Luiza
A Magazine Luiza é uma das maiores redes de lojas de varejo do Brasil. Foi criada por Pelegrino José Donato e Luiza Trajano Donato, em 1957.
Naquele ano, o casal comprou “A Cristaleira”, uma pequena loja de presentes em Franca, São Paulo. Eles tinham o sonho de criar um negócio que gerasse emprego para toda a família.
O nome pelo qual a rede é conhecida surgiu mais tarde, resultado de um concurso cultural realizado em uma rádio local. Como Luiza Donato era uma vendedora muito popular, os ouvintes escolheram seu nome, e assim surgiu a Magazine Luiza.
Ao longo dos anos, outros familiares entraram no negócio, o que possibilitou investimentos. Com 20 anos de existência da marca, já haviam mais de 30 unidades funcionando.
Olhar para o futuro: o primeiro modelo de comércio eletrônico
A década de 90 foi decisiva para que a empresa se tornasse o que é hoje. Em 1991, Luiza Helena Trajano, sobrinha do casal fundador, foi nomeada como líder da empresa. E em 1992, foi criado o primeiro modelo de comércio eletrônico: a Loja Virtual.
A experiência utilizava terminais eletrônicos, sem conexão com a internet (até porque, a rede mundial de computadores foi criada somente em 1994). As lojas vendiam produtos por terminais multimídia, com vendedores orientando os clientes.
Em 1999, o modelo de negócio eletrônico foi levado para a internet, tornando a Magazine Luiza a maior referência de e-commerce no Brasil.
O e-commerce é composto pelo próprio site, pelo marketplace, pelo aplicativo, pela Netshoes, Zattini e Época Cosméticos.
O MagaLu conta com ferramentas para compartilhamento de conteúdo e interação com os clientes, como videocast, podcast, blog e redes sociais.
Luizalabs
Em 2014, foi criado o Luizalabs, um laboratório de tecnologia e inovação. O objetivo do Luizalabs é criar produtos e serviços com foco no varejo, oferecendo aos clientes uma melhor experiência de compra.
Entre as criações dos engenheiros do Luizalabs está o “Magazine Você”, a primeira iniciativa de social commerce no Brasil: o usuário pode montar uma vitrine e vender qualquer produto do Magazine Luiza para amigos e conhecidos. É uma espécie de rede social, que oferece a oportunidade de empreender sem a necessidade de investir financeiramente.
Outra criação do grupo, foi o Magazine Mobile, lançado em 2015. O aplicativo possibilita uma experiência de compra personalizada, destacando os produtos que o usuário mais visitou, dando sugestões específicas e até dicas para as próximas compras.
o e-commerce da Magazine Luiza hoje
Segundo os dados repassados pela empresa à Comissão de Valores Mobiliários, no último trimestre de 2019, o e-commerce da Magazine Luiza apresentou crescimento de 93%, faturando R$ 4,3 bilhões, o que representou 48% do total de vendas da empresa.
Assim se define a empresa em seu site: “Uma plataforma digital, com pontos físicos e calor humano. Este é o Magalu. Somos uma empresa brasileira, que desenvolve tecnologia e que tem o varejo na alma.”
Conclusão
Ao conhecer a história e trajetória desses e-commerces e seus fundadores, você deve ter identificado características e comportamentos fundamentais a um empreendedor do mundo virtual.
Estes exemplos nos mostram que é necessário acompanhar o avanço tecnológico e identificar as necessidades humanas, adequando as ações do seu negócio a cada novo momento vivido pela sociedade.
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